Celebra-se esta semana a festa de S. Antônio. E costuma-se chamar a este dia o “dia dos namorados”, pedindo ao santo a proteção para aqueles que se preparam para o Matrimônio. Entre nós há uma cultura esquisita que é pensar que namoro é uma brincadeira, um passa-tempo para adolescentes e uma antecipação do casamento. Mas que é mesmo o namoro?
Estamos numa época em que predominam as pressas. Toda a gente anda apressada. Corre-se todo o dia e chega-se á noite com imenso cansaço. A moda vem e vai com toda a rapidez. Um modelo de automóvel fica antiquado em pouco tempo. “Anda depressa, menina, que estamos atrasadas!”- diz a mãe chateada. “Oh que mulher se custa arranjar!”- repete o marido já cansado de esperar. E, com esta tendência para a pressa, os adolescentes, ainda muito imaturos, rapazes e moças, começam a satisfazer os seus sentimentos de atração física, dizendo que namoram.
Num certo período da adolescência surge aquele impulso que leva o rapaz a apaixonar-se por uma moça e vice-versa. Porquê isso? No princípio a atração física exerce papel determinante. E conhecida a importância que tem o corpo na adolescência, não se espere no namoro de adolescentes outra coisa que a satisfação física. Com o passar do tempo, podem aparecer outros valores mais íntimos e mais altos. Mas exige cuidados sérios. Animais irracionais já nascem com estes instintos controlados. Pessoa humana nasce com inteligência, liberdade e vontade. Quem não usar estas faculdades descerá mais baixo que os irracionais.
Amar é bom. Mas